quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ah, é?
Ah, é?
Uma linda japonesa, filha do dono de uma mercearia, morava perto do mestre Hakuin. Certo dia, seus pais descobriram que ela estava grávida, o que os deixou muito bravos. A garota não queria dizer o nome do rapaz, mas, de tanta pressão que seus pais fizeram, ela revelou que a criança era do Hakuin.
Num estado de fúria, os pais da jovem foram até o mestre e falaram de tudo e mais um pouco. O mestre, sempre respondia "Ah, é?".
Ao nascer, a criança foi levada a Hakuin. A esta altura, o velho mestre havia perdido sua reputação na cidade inteira. Ele não estava nem aí com os cidadãos e cuidou muito o melhor que pode do bebê. Conseguiu leite com alguns vizinhos, que também o ajudaram com outras coisas.
Um ano depois, a japonesa, mãe do bebê, não suportou a situação. Ela contou aos seus pais a verdade: o verdadeiro pai da criança era um jovem que trabalhava no mercado de peixe.
A mãe e o pai da garota correram até Hakuin para pedir perdão pelo grave erro que cometeram e também para pegar a criança de volta. Disseram a ele o que houve e quem era, de fato, o pai do bebê.
Hakuin estava de boa, tudo que disse foi "Ah, é?"
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Haicai + Koan - Haikoan
sol de primavera - se passa sempre tão doce qual a cor do vento? | josé marins
de olhos fechados - a dama-da-noite no jardim sem luar | sérgio pichorim
Nem Vento Nem Bandeira
Nem vento nem bandeira
Dois monges estavam discutindo sobre uma bandeira.
- A bandeira está se mexendo, disse um deles.
- O vento é que está se mexendo, replicou o outro.
O sexto patriarca, que passava por ali, ouviu a discussão e, encerrando-a disse:
- Nem o vento nem a bandeira se movem, mas sim a consciência.
Assinar:
Postagens (Atom)