quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Lua Não Pode Ser Roubada



A Lua Não Pode Ser Roubada

Ryokan, um mestre Zen, levava uma vida muito simples numa cabana ao pé da montanha. Em certa noite, um ladrão apareceu por lá e, que decepção, não encontrou nada que pudesse roubar.

Ao voltar de sua caminhada, Ryokan surpreendeu o tal ladrão: "Ah, você veio de tão longe para me fazer uma visita, não posso te deixar voltar de mãos vazias. Por favor, não posso te dar nada além de minhas roupas, aceite-as como um presente."

O ladrão ficou perplexo! Pegou as roupas e deu o fora!

Ryoken sentou, pelado, e pôs-se a contemplar a lua. "Pobre rapaz," pensou, "Queria ter-lhe dado esta lua, tão linda."

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Coisa Mais Valiosa do Mundo



A Coisa Mais Valiosa do Mundo

Certo dia, um estudante perguntou a Sozan, um mestre Zen chinês:

- Qual a coisa mais valiosa do mundo?

- A cabeça de um gato morto, disse o mestre.

- E por que a cabeça dele é tão valiosa?, inquiriu novamente o aluno.

Sozan respondeu então, sossegadamente:

- Porque ninguém consegue definir seu preço.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Aranha e o Monge



A Aranha e o Monge

Era uma vez um monge que vivia sendo incomodado por uma enorme aranha toda vez que tentava meditar. Certo dia, ele foi ao seu mestre e disse: “Toda vez que tento meditar aparece uma aranha muito grande e, não importa o que eu faça, não consigo me livrar dela.”

“Hum... Na próxima vez que você for meditar, leve um pincel. Quando esta aranha aparecer, pinte um círculo exatamente em seu ventre, só então você verá que tipo de monstro é este.”

Então, o monge seguiu o conselho de seu mestre. Assim que surgiu a aranha, ele se levantou e foi até ela, pintou o círculo em seu ventre e: num piscar de olhos, ela sumiu! Assim, o monge pôde meditar em paz. Após alguns minutos, ele se desconcentrou um pouco e percebeu uma diferença em seu corpo.

Havia um círculo desenhado em seu próprio ventre.

Uma Xícara de Chá


Uma Xícara de Chá

Nan-in, um mestre japonês que viveu na Era Meiji (1868-1912), recebeu certa vez a visita de um professor universitário que queria saber mais sobre o Zen.
Nan-in serviu chá. A xícara do visitante estava cheia e ainda assim Nan-in continuava a despejar mais chá.

O professor ficou olhando transbordar até que não se conteve mais e disse: “Está muito cheio, não cabe mais nada aí!”

“Como esta xícara”, Nan-in disse, “você está cheio de opiniões e teorias. Como posso te mostrar o Zen sem que antes você esvazie sua xícara?”
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